Terceiro Grau | Joãozero
Siga-nos
web dos utilizadores de câmaras digitais Nikon, um sítio do Finicon Group

Só utilizamos os cookies estritamente necessários, incluindo os nossos próprios cookies e os cookies analíticos do Google e do Facebook, apenas para fins analíticos, todos eles utilizados para o bom funcionamento do sítio Web, facilitando a navegação e oferecendo um serviço melhor, mais seguro e mais rápido. Não utilizamos cookies de publicidade. Pode aceitar todos os cookies para continuar a navegar. Para mais informações Política de cookies.

Terceiro Grau | Joãozero
O terceiro grau

10

Ago2023
João Carlos Fernandes | Joãozero João Carlos Fernandes | Joãozero
Joãozero é uma marca registada do português João Carlos Fernandes. Nasceu em 1970 em Lisboa e desde 1987 que procura olhar o que o rodeia de uma forma diferente. O seu trabalho artístico, principalmente a preto e branco, combina a fotografia de rua com a fotografia Fine Art, em visões muito particulares, com pontos de vista peculiares e com momentos especiais, das cidades por onde viaja. O seu trabalho procura incessantemente comparar o tamanho do Ser Humano com o tamanho dos locais onde vive e as suas construções megalómanas, sem descurar os enquadramentos, a luz e as composições tudo, através de uma objetiva grande-angular, resultando assim numa fotografia artística à joãozero.

Participou em variadíssimas exposições individuais e coletivas em Portugal e em Quito no Equador e teve o seu trabalho destacado em revistas como a PHOTO francesa.

O seu trabalho dos cinco anos, entre 2015 e 2020, foi editado recentemente num livro a preto e branco com prefácio do músico Pedro Abrunhosa – T(W)O ZERO T(W)O ZERO – Photography by the Streets, contém viagens por cidades portuguesas mas também por cidades como Nova Iorque, Paris, Bruxelas, Roma e Londres.

É representado pela Galeria Nuno Sacramento Arte Contemporânea com a qual tem participado em exposições coletivas com artistas internacionais. O seu trabalho conta com o apoio da COLORFOTO.

Instagram:
@joaozero.official
Facebook: www.facebook.com/joaozero.photography/
Pessoal: www.joaozero.com
De onde vem a sua paixão pela fotografia? Como é que começou?

Quando nos anos 80 o meu pai, que já fotografava, me ofereceu uma pequena Kodak, que não era mais do que uma caixa vazia, toda preta por dentro, foi o primeiro passo para o meu despertar para a fotografia. A minha necessidade da compreensão da fotografia, do seu funcionamento e do processo fotográfico, começou aí. Depois disso, foi sempre a querer ler sobre fotografia, conhecer fotógrafos e a praticar muito e todos os dias.

Quais os fotógrafos que o influenciaram?


Destaco alguns fotógrafos que me influenciaram ao longo dos anos e que, a partir dos quais, iniciei um estilo muito próprio. Bruce Gilden, Walter Evans, Elliott Erwitt, Robert Frank, Fan Ho, Vivian Maier, Robert Doisneau, Henri Cartier-Bresson e atualmente David Gibson e Alex Coghe que escreveu recentemente o seguinte sobre o meu trabalho:

Visões. Urbanismo. Conexões entre estruturas e pessoas. Um preto e branco profundo, noturno mesmo à luz do dia, permitindo talvez que uma parte da voz interior de João venha à tona.
Sua fotografia de rua frequentemente apresenta o cenário em primeiro plano, não é um acompanhamento, mas muitas vezes um verdadeiro protagonista no qual os elementos vivos entram individualmente ou às vezes em pares. Não há multidões em sua pesquisa, mas sim uma sensação de silêncio que emerge, poesia transmutada da solidão diante da majestade de uma arquitetura imponente, com composições que realçam esse sentimento e o envolvem no mundo brutalmente negro onde a luz alcança e domina de maneira incomum, não acaricia, mas impõe, não sussurra, mas se impõe no espaço.

A cor é praticada em sua fotografia, mas de forma esporádica, quando chega, ainda se declara pela sua elegância, mas a alma de João permanece a de um fotógrafo preto e branco que, através do monocromático, aprimora sua visão do mundo ao seu redor e estou convencido, até mesmo do seu mundo interior.

Há um sentido metafísico que envolve todo o seu discurso com a luz. E ao fazer isso, ele o envolve, você entra em uma dimensão de elegância sutil e refinada que o cobre como seda translúcida sobre a pele.

Não tudo pode ser definido em palavras. Neste mundo, você tem que entrar, eu apenas tentei te dar as chaves. O resto depende de você.

Lembra-se da sua primeira máquina fotográfica?

Como referi anteriormente só me lembro que era uma Kodak mas não sei o modelo. Depois passei para a Minolta e rapidamente para a Nikon que nunca mais deixei. É realmente a minha marca de eleição e com a qual pretendo fotografar para sempre!

Qual é o equipamento com que trabalha? Qual é a sua objetiva preferida?

Trabalho há já mais de 20 anos com Nikon. É uma paixão enorme que eu tenho com a marca. É resistente, ergonómica, de fácil manuseamento e acesso a todos os atalhos e botões principais.

Neste momento trabalho com uma NIKON D850 com a objetiva grande-angular NIKON 14-24mm f2.8, que é indispensável para desenvolver o meu conceito fotográfico.

Quanto tempo passa a editar e a organizar as suas fotografias?

O meu tipo de fotografía artística vive muito mais do meu trabalho no terreno do que depois a respetiva edição. Fotografo sempre a cores mas depois são principalmente, a composição e a luz que ditam se a fotografia final permanecerá a cores ou passará para preto e branco.

Aproximadamente há 15 anos que desenvolvo o meu conceito fotográfico que compara o tamanho do Ser Humano com a sua construção megalómana e para ele eu trabalho quase todos os dias e é principalmente a editar as fotografias para preto e branco só com pequenos ajustes de constraste e luz.

Utiliza redes sociais? Qual é a rede que mais utiliza e quanto tempo passa nela?


Utilizo muito e diariamente o Facebook e o Instagram para a divulgação do meu trabalho e com as quais tenho tido muitos feedbaks positivos um pouco por todo o mundo.

Que fotografia ou reportagem recorda com especial carinho?

Já tenho muitas histórias boas mas destaco uma fotografia feita na cidade de Paris por baixo de uma ponte com a Catedral de “Notre-Dame” em frente onde, após o encontro da composição ideal só faltava o elemento humano e o momento certo. É então que chega um senhor de bicicleta com uma enorme caixa de instrumento atrás e após encostar o seu veículo à parede tira o seu Saxofone e vai posicionar-se mesmo à minha frente sem qualquer interação comigo e começa a tocar. Por momentos o som faz-me tremer todo que, com grande nervosismo e entusiasmo, quase não me permite carregar no disparador. Segundos depois faço a fotografia, acalmo-me e vejo o resultado, para mim mais do que o expectável, naquele local. Ainda um pouco descontrolado e nervoso, vou finalmente interagir com o músico que me permitiu tal momento maravilhoso, tanto no resultado fotográfico final como no espantoso som usufruído.

Que conselhos daria a alguém que se está a iniciar nesta profissão?


Para mim é fundamental ler muito sobre fotografia, saber procurar muita fotografia de qualidade e praticar bastante. Como cresci com a fotografia analógica, a fotografar e a revelar, aconselho todos a iniciarem assim também, para que o amadurecimento seja mais consistente e tenha muito conhecimento. Procurem um estilo próprio.
© Joãozero © Joãozero
  • Dados técnicos:
  • Modelo da câmara NIKON D800
  • Lente NIKKOR 14-24mm f2.8
  • Velocidade 1/400s
  • Abertura f10
  • ISSO 400
  • Distância focal 14mm
  • Dados da captura:
 
Mesmo que destaco na fotografia que tenho com especial carinho.Cidade de Paris, no ano de 2015, debaixo de uma ponte com a Catedral de “Notre-Dame” em frente. A fotografia é composta com um reflexo numa pequena poça de água, resultante da humidade constante do local.
Comentários
Envie-nos o seu comentário
Comente a notícia que acabou de ler e ela será publicada em breve.
* Campos obligatórios
Câmeras Mirrorless Z
Câmeras Nikon Z
Objetivas NIKKOR Z
Objetivas NIKKOR Z
Foto da semana
Foto da semana 2020
Guías técnicas
Guías técnicas
Comunidade Nikonistas
Siga-nos
Eu quero cancelar a inscrição
O mais Nikon